Poemas - O QUE APENAS DA DIGNIDADE RELEVA
Poemas - O QUE APENAS DA DIGNIDADE RELEVA
O QUE APENAS DA DIGNIDADE RELEVA
[Chega de bois / Tourada. Montalegre, 2011]
ao longo de milénios viu o homem estes gigantes enfrentarem-se pelo domínio de gerar a vida, acabando a admiração por aculturar o que sempre foi da natureza e há-de continuar a ser, como regras seguindo tudo o que apenas da dignidade releva, algo que só gente digna saberia criar: a liberdade de iniciar e de findar, o uso exclusivo de idênticas armas e a salvaguarda do respeito pelo vencido; a assistência comparece sem outras defesas que palmas de admiração ou gritos de incitamento e sem erguer outro cenário que a grandeza dos montes, os campos sem paredes e o estandarte que as árvores oferecem com seus ramos; como música da festa, apenas bramidos a ferir o ar e o ressoar da baqueta dos cascos no timbale da pradaria.
[Chega de bois / Tourada. Montalegre, 2011]
ao longo de milénios viu o homem estes gigantes enfrentarem-se pelo domínio de gerar a vida, acabando a admiração por aculturar o que sempre foi da natureza e há-de continuar a ser, como regras seguindo tudo o que apenas da dignidade releva, algo que só gente digna saberia criar: a liberdade de iniciar e de findar, o uso exclusivo de idênticas armas e a salvaguarda do respeito pelo vencido; a assistência comparece sem outras defesas que palmas de admiração ou gritos de incitamento e sem erguer outro cenário que a grandeza dos montes, os campos sem paredes e o estandarte que as árvores oferecem com seus ramos; como música da festa, apenas bramidos a ferir o ar e o ressoar da baqueta dos cascos no timbale da pradaria.
Fonte: Norteando, Editora Âncora, Amadeu Ferreira, Luís Borges
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