História - Castelo, Pitões das Júnias
História - Castelo, Pitões das Júnias
Pitões das Júnias é, para muitos, a aldeias mais pitoresca do País barrosão.
Pitões, provavelmente, surgiu da antiga aldeia de Juriz, ou melhor, de São Vicente do Geres. Esta antiga freguesia surge nomeada nas inquirições régias levadas a cabo pelo rei D. Afonso III, em 1258, relativas ao julgado de Barroso: é descrita como «villa de Geres». Por aqui se depreende a corruptela do termo Geres > Juriz. Juriz, surge, naturalmente, do dialecto barrosão. Ainda hoje, nestas terras, é muito comum ouvimos falar do Gerês como «Jures». Creio que, deste modo, é muito fácil justificar o topónimo, popular, Juriz pela nossa pronuncia mais arcaica.
Desta aldeia medieval, são muitos os vestígios que evidenciam a sua grandiosidade e importância geográfica, estratégica, na defesa do território. Exemplo disso é o castelo que defendia, de difícil e estreito acesso, hoje cristianizado com uma cruz de pedra no alto do penhasco. Aí, podemos encontrar evidencias, bem definidas, da existência do remoto castelo roqueiro, nomeadamente, através dos sulcos, entalhes, da sua muralha, e, também, da sua pequena torre de vigilância encimada num grande bloco granítico, que, alguns, interpretam como degraus, de um potencial altar de sacrifícios a antigas divindades - puramente ficção e totalmente desenquadrado com a realidade! Porém, na superfície roqueira, encontra-se um pequeno penedo, central, com uma pia quadrangular, não muito profunda, contendo um orifício, essa, sim, podemos considerar uma pia de culto...
Será que o seu padroeiro, S. Vicente, o santo do corvo amigo e defensor, um dos santos mais venerados da igreja romana, que D. Afonso Henriques, em 1173, transladou para Lisboa, padroeiro da cidade, celebrado festivamente anualmente a 22 de Janeiro, foi olvidado pelo povo de Pitões?
Fonte: Agostinho Verás.
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